“Quero todo solto!" foi assim que ela estreou a sua autonomia verbal. Quando a criança negra vai pela primeira vez a escola, ela chega a casa chorando cristalinas tristezas. Tudo começa por um fio saliente que se multiplica por toda a sua cabeça e em seguida desce perpassando pelo seu pequeno corpo ainda em formação, mas essas características sempre estiveram ali! Embelezando-lhe e versando sua beleza e identidade negra.
O que aconteceu foi que as características agora deixaram de ser compartilhadas apenas em casa. Calada, a criança é tragada pela sua "nova" imagem refletida pelo espelho da discriminação. Ela toca seus cabelos sem desconfiar que aquele seja um dos autógrafos mais expressivos e incômodos da singularidade da sua raça. Penetrando sua pequena mão entre os fios da sua existência, seus dedos são barrados bruscamente assim como foi feita com a sua auto-estima ao se apresentar a um ambiente coletivo. Sem consciência do que estava sofrendo. Ela não consegue conter o silêncio das lágrimas e verbaliza em duas palavras a impressão que lhe causou a recepção escolar. "Sou feia!". O protesto ecoa pela casa e retorna como uma faca penetrando em seus ouvidos ironicamente agora não mais protegidos pelos seus cabelos crespos, pois estes já estavam acorrentados pela chucha da opressão.
O que aconteceu foi que as características agora deixaram de ser compartilhadas apenas em casa. Calada, a criança é tragada pela sua "nova" imagem refletida pelo espelho da discriminação. Ela toca seus cabelos sem desconfiar que aquele seja um dos autógrafos mais expressivos e incômodos da singularidade da sua raça. Penetrando sua pequena mão entre os fios da sua existência, seus dedos são barrados bruscamente assim como foi feita com a sua auto-estima ao se apresentar a um ambiente coletivo. Sem consciência do que estava sofrendo. Ela não consegue conter o silêncio das lágrimas e verbaliza em duas palavras a impressão que lhe causou a recepção escolar. "Sou feia!". O protesto ecoa pela casa e retorna como uma faca penetrando em seus ouvidos ironicamente agora não mais protegidos pelos seus cabelos crespos, pois estes já estavam acorrentados pela chucha da opressão.
1 comentários:
Adorei!
Postar um comentário